Os primeiros colonizadores brancos e negros chegaram na região por volta de 1925. A partir daí iniciou-se o cultivo das terras que até então eram colonizadas pelos povos indígenas. Estes retiravam seu sustento através da pesca e caça, sem agredir o meio ambiente. A vegetação nativa tinha em sua composição Floresta Ombrófila Mista ou Floresta de Araucária e por vegetação de pequeno porte ou arbusto.
Para sustentar sua família, os agricultores necessitam produzir seu próprio alimento, desta forma se fazia necessário o cultivo do solo. A partir deste momento os colonizadores iniciam a prática de uma agricultura baseada na roçada e queimada, que tem como princípio a derrubada da vegetação e logo após a queima seguida de plantio. As árvores de grande porte forneciam madeira para a construção de suas moradias; a retirada das árvores era feita manualmente utilizando-se de machados e serrotes para cortá-las. Para o transporte utilizava-se de carroças com tração animais.
Após limpar o solo realizavam o plantio, aravam a terra várias vezes para que ficasse pronta para receber a semente. Primeiramente o plantio realizava-se manualmente; com o passar do tempo, surgiram às primeiras máquinas para plantar a mão. Vários eram os produtos cultivados: feijão, arroz, mandioca, batata-doce, trigo, entre outros, pois ainda não havia mercados para a aquisição dos mesmos.
Os agricultores utilizavam-se de enxadas para fazer o controle das ervas daninhas. Embora fosse ateado fogo e parte dos nutrientes do solo fossem extintos, o solo ainda era muito produtivo. Dessa forma não se fazia necessária a rotação de culturas, assim durante um longo período era cultivado o mesmo produto no mesmo local. Quando o solo apresentava sinais de estagnação, este passava por um período de descanso, que compreendia em deixar a vegetação natural crescer novamente devolvendo assim os nutrientes retirados no cultivo.
A colheita também era realizada manualmente; os produtos em espiga eram debulhados a mão, e produtos como feijão a manguá.
Todo o processo de cultivo, da preparação do solo até a colheita, era realizado com a participação de toda a família. Os homens trabalhavam na lavoura; as mulheres, além de ajudá-los, cuidavam da casa e dos filhos. Estes, por sua vez, desde cedo acompanhavam seus pais nos afazeres domésticos e com o cultivo.
Toda a produção obtida era voltada para o consumo da família, porém aos poucos passaram a surgir novos produtos que eram comercializados na forma de troca entre os agricultores.