HISTÓRIA DE BENJAMIN CONSTANT
A origem do nome Benjamin Constant foi em homenagem a pessoa de Benjamin Botelho de Magalhães Constant, militar e político brasileiro, bacharel em ciências físicas e matemática, formado em engenharia civil e militar; participou na guerra do Paraguai como capitão engenheiro no trabalho de fortificação do acampamento de TUIUTI. Exerceu o magistério como professor de diretor em vários estabelecimentos de ensino. Foi ministro da guerra do primeiro Governo Provisório Republicano, sendo considerado pela Constituição de 1891, fundador da República.
A vila de Benjamin Constant foi fundada em meados de 1925, sendo seus primeiros habitantes as famílias de Martinho Aires, Ernesto de Marchi, Ernesto Gaboardi, Isac Coser, Hilário Gasparetto, Fiorelo D’Agostini, Germano Zanandréa, José Zanandréa, João Giacomel, Alfredo Binotto, José Lolatto, Antônio Lolatto e Jacob Ceri. Em 1929 chegaram mais algumas famílias: Lazari, Bernardi, Rampanelli, Turra, Zaffari, Sonda, Graciolli, Zanco e Kroll, vindas das cidades de Guaporé, Bento Gonçalves, Caxias do Sul e municípios da Serra Gaúcha.
Ao chegar, encontraram muita dificuldade em abrir clareiras na mata, geralmente feitas a facão. Suas casas eram cobertas de tabuinha feitas a serrote pelos próprios moradores.
A água dos rios era utilizada para o consumo e lavagem das roupas. Muitas vezes, faziam quilômetros para transportá-la. Mais tarde foram feitos poços, onde passaram a puxar a água com o auxílio de um balde preso a uma corda.
HISTÓRICO DO MUNICÍPIO
O território que constituía o destrito de BC, pertencia ao município de São Valentim até o ano de 1995. No mesmo período, segundo a lei estadual nº 10.645, Benjamin Constant conseguiu sua emancipação, passando a ser chamado de Benjamin Constant do Sul. Em 1º janeiro de 1997, houve a posse de seus primeiros administradores, Rui D’Agostini e Ademir Lori Poletto, eleitos por consenso.
Benjamin Constant do Sul está localizado ao norte do estado e ao sul do Brasil,distanciando-se 435km da capital e 13 km da BR 480. Faz divisa ao norte com os municípios de Erval Grande e Faxinalzinho; ao sudeste com São Valentim e a oeste Entre Rios do Sul. Possui uma área de 132,40 km² e está a uma altitude 675m em relação ao nível do mar. Compõe-se pelas localidades de Vila Palmeira, Posto Indígena, Secção Guarani, Barra Seca Campagnolo e D’Agostini, Linha Guabiroba, Linha Sutili, Linha Gireli, Paulo Frontin, Linha Póssea, Linha Alquieire, Santa Lúcia, São Brás, Linha Zanandréa e Linha Framento.
Segundo o senso do ano 2000 realizado pelo IBGE, a população é formada por 2.722 habitantes, estando 2.466 localizados na zona rural e 256 na zona urbana. É composta por índios Guaranis e Kaingang representando cerca de 50% dos habitantes. Os demais são brancos, negros e descendentes de imigrantes alemães, poloneses e italianos.
TRANSPORTE
Durante muito tempo o transporte das pessoas era feito essencialmente a cavalo. Somente alguns moradores com certo poder aquisitivo possuíam veículos, e serviam de ponto de apoio aos moradores das redondezas. Muitas vezes, em casos de doença, as pessoas se deslocavam a cavalo até o lugar mais próximo, onde daí eram transportadas de carro ou caminhão até um hospital.
A carência de um meio de transporte efetivo dificultou o crescimento e a expansão dos negócios. O transporte de produtos e mantimentos era feito em lombos de mulas por picadas de chão batido, onde muitas vezes, nos dias chuvosos, os animais acabavam por se atolar.
Mais tarde foi aberto uma estrada que ligava a região, passando por Paulo Frontim e Votouro. Anos depois, começou a circular uma linha de ônibus, que facilitou o deslocamento das pessoas melhorando sua qualidade de vida.
No antigo povoado de Benjamin constant, o transporte se dava da mesma forma. Por volta do ano de 1930 é que começou a abertura de estradas. Uma das pessoas que contribuiu com este trabalho foi o senhor Isac Cozer.
LUZ ELÉTRICA
Antigamente, o povoado de Benjamin Constant era desprovido de luz elétrica. A iluminação era feita por velas ou lampiões a óleo, gasolina e querosene. Como poucas pessoas possuíam geladeiras a querosene, a maioria dos moradores cozinhava a carne e deixava na banha para não estragar. Por volta dos anos 60 foi construída a rede elétrica, tendo como administrador municipal o doutor Salin Farrett.
A luz elétrica trouxe grandes benefícios à região. Moveu moinhos e serrarias. Com ela, estabeleceu-se uma nova era, trazendo a comodidade e o bem-estar às pessoas.
